Os negativos de Vivian Maier foram descobertos por acaso pouco antes de sua morte, e seus registros a consagraram como um prodígio da fotografia de rua. Seu legado artístico a tornou conhecida como a “Cartier-Bresson de saias”
“Vivian Maier representa um caso extremo de descoberta póstuma; de alguém que existe unicamente nas coisas que viu”. Assim a americana Vivian Maier, uma babá profissional que fotografava nos momentos livres, é definida pelo escritor Geoff Dyer. E, pela primeira vez, o melhor de sua incrível obra é publicado no Brasil, em Vivian Maier: Uma fotógrafa de rua, pela Autêntica Editora, indo ao encontro de todo um movimento de resgate e descoberta de seu trabalho, com o lançamento de livros, documentários e exposições em várias partes do mundo.
Com imagens bem-humoradas, comoventes e ásperas da vida urbana na era dourada dos Estados Unidos pós-guerra, suas fotos retratam as mudanças sociais e urbanísticas no país por volta de 1950 até o final da década de 1990. Maier chegou ao número de 100 mil negativos, descobertos apenas em 2007 por John Maloof, responsável pela edição e apresentação desta coletânea.
A fotografia desempenha um papel importante na formação de nossa maneira de ver o mundo e, segundo Maloof, Maier traz “um pouco de cultura norte-americana, a demolição de marcos históricos para a construção de novos empreendimentos, as vidas invisíveis dos oprimidos e desvalidos”. Para Dyer, seu trabalho é um “complemento importante para o cânone da fotografia de rua”, com imagens extraordinárias.
O impressionante em Vivian Maier é o cuidado com cada detalhe, como a luz, a composição; um timing impecável, uma perspectiva humanitária; e uma habilidade incansável de fotografar e nunca deixar passar um momento. Com isso, ela reúne as qualidades de um fotógrafo de rua profissional, mesmo sem ter tido treinamento formal ou mesmo intercâmbio com outros fotógrafos. Uma preciosidade para quem aprecia fotografias requintadas, de inegável poder, poesia e assombrosa melancolia.
Confira aqui algumas dessas imagens incríveis.
Sobre a fotógrafa – Da história de Vivian Maier muito pouco se conhece. O que se sabe é que ela nasceu na cidade de Nova York, em 1926, e trabalhou como babá para uma família de North Shore, em Chicago, durante as décadas de 1950 e 1960. Aparentemente, não tinha família, e as crianças das quais tomou conta acabaram cuidando de Maier em seus últimos dias. Ela tirou milhares de fotografias durante a vida, mas nunca as compartilhou com ninguém. Maier perdeu a posse de sua obra por falta de pagamento ao guarda-volumes onde ela a armazenava. Faleceu em 2009, aos 83 anos.
Sobre o editor – John Maloof é um escritor e fotógrafo de rua ligado à preservação histórica do Northwest Side de Chicago. Ele descobriu os primeiros negativos de Vivian Maier em 2007, enquanto compilava um livro sobre a história da vizinhança onde ele cresceu.
Sobre o prefaciador – Geoff Dyer é autor de But Beautiful: A Book about Jazz (Picador, 2009); Yoga for People Who Can’t Be Bothered to Do It (Vintage, 2004); The Ongoing Moment (Vintage, 2007 – vencedor do ICP Infinity Award 2006 por trabalhos sobre fotografia); dos romances Paris Trance(Picador, 2010) e Jeff in Venice, Death in Varanasi (Vintage, 2010), e da coletânea de ensaiosOtherwise Known as the Human Condition (Graywolf Press, 2011).
Título: Vivian Maier: Uma fotógrafa de rua
Fotos: Vivian Maier
Editor: John Maloof
Prefácio: Geoff Dyer
Número de páginas: 136
Formato: 25,5 x 27,5 cm
Preço: R$ 108,00
ISBN: 978-85-8217-380-0
Mais informações sobre os livros da Autêntica Editora estão disponíveis
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