Carnaval De Rua De São Paulo Terá 300 Blocos Com Desfiles Em Várias Regiões Da Cidade

A Prefeitura montou uma estrutura com banheiros químicos, equipes médicas, ambulâncias e atuação de guardas civis, agentes de trânsito e equipes de limpeza
29/01/2015A+

De Secretaria Executiva de Comunicação

carnavalA população da capital e os turistas terão 300 blocos de rua para brincar o Carnaval de 2015. Os detalhes da estrutura preparada para os desfiles, que vão acontecer em 27 subprefeituras, foram apresentados pela Prefeitura de São Paulo nesta quinta-feira (29) em coletiva de imprensa. Serão 900 banheiros químicos (que serão utilizados em 6.000 diárias durante o período dos desfiles), 21 postos médicos e 83 diárias de ambulância de remoção e de UTI. Trabalharão nos dias de desfile 2.400 agentes de limpeza, 900 agentes de trânsito, 600 guardas civis, 150 agentes vistores e 70 equipes de apoio das subprefeituras.
“O nosso Carnaval é público, aberto e é um processo que tem surgido espontaneamente na cidade e tem hoje uma dimensão muito significativa. Tem aqueles que participam, tem aqueles que não participam. O nosso objetivo é garantir que estrutura para quem quer participar e criar as condições para quem não participa também possa ter o seu descanso e usufruir da cidade”, afirmou o vereador Nabil Bonduki, nomeado secretário municipal de Cultura.
As subprefeituras com maior concentração de blocos são Sé (86), Pinheiros (67), Lapa (22), Mooca (16), Butantã (13) e Freguesia do Ó/ Casa Verde (13). Segundo a Secretaria de Cultura, a ideia é estimular que as festas sejam descentralizadas, ocorrendo em bairros de todas as regiões.
As datas com mais desfiles são 7 e 8 de fevereiro e o feriado de Carnaval, entre os dias 14 e 18 de fevereiro. Nestas datas, Prefeitura também irá promover um baile de carnaval no Largo da Batata, em Pinheiros, cuja programação será divulgada na próxima semana. A relação completa de blocos e desfiles será disponibilizada em guias impressos e pela internet, no site Carnaval de Rua.
Em 2015, serão disponibilizadas aos foliões 6.157 diárias de banheiros químicos, sendo 172 banheiros acessíveis a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em 2014 foram 200 a 300 diárias. O número de postos médicos foi quintuplicado, de quatro para 21.
O planejamento foi realizado a partir do diálogo com os organizadores dos blocos, com associações de moradores, 14 secretarias municipais e com a Polícia Militar. Foi pactuado com os organizadores dos blocos que os desfiles deverão acontecer somente até as 22h, com a dispersão no máximo até meia noite. A festa será monitorada por uma Central de Operações com todos os órgãos envolvidos.
Segundo o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb),Silvano Silvério, as ruas afetadas receberão coleta de lixo em horários diferenciados e haverá instalação de lixeiras para o público. A operação de limpeza envolverá recolhimento de lixo, lavagem das ruas com água de reuso e coleta seletiva.
A passagem dos blocos terá apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que atuará na sinalização, bloqueio de ruas e proibição temporária de estacionamento. As áreas que receberão mais atenção são Vila Madalena, Praça Roosevelt, na região central, Praça Silvio Romero, no Tatuapé, a rua Augusta, o Largo do Cambuci e as avenidas Faria Lima, Paulo VI, Alvinópolis e Eliseu de Almeida. O transporte coletivo será acompanhado por 378 funcionários da São Paulo Transporte (SPTrans).
Na infraestrutura para o Carnaval serão investidos R$ 4 milhões, sendo R$ 500 mil patrocinados pela Caixa Econômica Federal. De acordo com o secretário para Assuntos de Turismo e presidente da SPTuris e da SPNegócios, Wilson Poit, o Carnaval de Rua da cidade tem alto potencial turístico. “No ano passado dobrou a permanência dos turistas na cidade nessa época. Este ano, o Observatório do Turismo vai fazer pesquisas, que usaremos para vender o nosso Carnaval”, disse Poit. A ideia é atrair patrocinadores que invistam na infraestrutura da festa. Segundo a SPTuris, o Carnaval de 2014 movimentou R$ 60 milhões na cidade.
Histórico

A organização do Carnaval de Rua paulistano se iniciou em 2013, com um processo de descriminalização dos blocos e facilitação das licenças para os desfiles. “Foram três diretrizes: organização territorial com as subprefeituras, a criação de banco de dados compartilhado com todas as informações e autorização centralizada para os blocos, que antes tinham que pedir licenças a 15 órgãos”, disse o secretário municipal de Cultura em exercício, Guilherme Varella.
A partir do cadastro voluntário das entidades e da troca de experiências com outras cidades do Brasil e do mundo, foi desenvolvida uma regulamentação própria e ações de infraestrutura. O cadastro voluntário gera também informações para todos os órgãos públicos envolvidos na organização, como o número esperado de participantes, percurso planejado e dias de desfile. A adesão ao cadastro aumentou: em 2013 cadastraram-se 60 blocos e em 2014 foram 200.
Em fevereiro de 2014, foi publicado um decreto para regulamentação dos desfiles de Carnaval de Rua. O documento determina as atribuições de cada uma das secretarias, indica os dias em que os eventos poderão ocorrer e determina que a participação nas festas deve ser gratuita e livre. Segundo a Secretaria de Cultura, este ano o decreto terá alguns aprimoramentos, como a proibição de carros de som ou trios elétricos com altura superior a quatro metros. As alterações serão publicadas nos próximos dias no Diário Oficial.

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