A compreensão do alcance e profundidade do pensamento de Gandhi requer que se vá além da avaliação da eficácia dos métodos de intervenção não violenta por ele desenvolvidos em sua luta contra o racismo na África do Sul e pela independência da Índia. As estratégias de ação social e política gandhianas foram ganhando corpo à medida que ele se dedicava à procura da verdade – satya – como filosofia e modo de vida. Seus “experimentos com a verdade”, como ele denominou esta tarefa, lhe indicaram a não violência – ahimsa – como fundamento e a autonomia – swaraj – como condição dessa busca.
Foi assim que, adotando um caminho em que as formas eram expressões da dedicação a um ideal, Gandhi legou à posteridade a atualização de um corpo de princípios que devem ser considerados em todo o seu espectro – do individual ao coletivo, do local ao global, do presente ao futuro, do secular ao sagrado.
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