Pesquisa Da OEI Analisa Hábitos Culturais Na América Latina

Publicado originalmente em Cultura& Mercado
Enviado por Redação • outubro 16, 2014 •
pesquisaUma pesquisa feita pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) identificou que o acesso, a qualidade e a oferta de cultura na América Latina aumentaram neste século. Quase seis em cada 10 pessoas pensam assim, e a maioria também avalia que continuará a crescer. No entanto, em 20 países de língua espanhola, mais o Brasil, a média do Produto Interno Bruto (PIB) dedicada à cultura está abaixo de 0,5%, enquanto a presença da internet cresce consideravelmente (40% tem acesso) e se transforma em uma espécie de contrapeso para as políticas oficiais.

A Pesquisa Latino-Americana de Hábitos e Práticas Culturais 2013 consultou 1.200 pessoas por país. Apesar do otimismo da população sobre a melhora do acesso e fomento à cultura, a OEI chama a atenção dos governos para dois pontos: o fator econômico e o investimento no setor; e o apoio e impulso aos valores de criação local e regional que contribuem para a apropriação social da cultura.

Ouvir música, assistir a vídeos e ler são as práticas favoritas dos latino-americanos, entre outras razões, porque são gratuitas e de fácil acesso. Seis em cada 10 latino-americanos escutam música gravada, 27% o faz todos os dias. Com relação à leitura, 45% dos entrevistados reconhece que não lê nunca ou quase nunca por motivos profissionais ou educativos. Os que mais leram no último mês por lazer ou interesse pessoal foram os mexicanos (36%), uruguaios e guatemaltecos (33%) e costarriquenhos (31%).

Uma média de 3,5 horas por dia é dedicada à televisão, e 3,7 horas a mais nos finais de semana. Os maiores consumidores de TV são os hondurenhos (4,5 horas), os costarriquenhos, uruguaios e venezuelanos (4,3 horas). Em relação ao rádio, em média são dedicadas a esse veículo 3,9 horas diárias, de segunda-feira a sexta-feira. A leitura de jornais consome 3,7 dias por semana.

Entre os países com mais frequentadores de cinema estão a Costa Rica (14%), o Equador e a Venezuela (13%). 65% dos latino-americanos disseram não ter ido ao cinema no último ano, e apenas 9% realizaram a atividade uma vez por mês. Mais da metade assiste a vídeos (56%), contra 40% que nunca o fizeram.

Grande parte da população acima de 51 anos (80%) nunca usou e-mail ou internet, contra 57% das pessoas entre 31 anos e 50 anos, e 33% dos mais jovens. No total, 82% dos membros das classes mais baixas nunca se conectaram à rede, enquanto 1/3 daqueles que têm um nível socioeconômico alto acessa a internet todos os dias.

A média regional de acesso à internet é de 40% frente a 80% nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os principais motivos, segundo um cálculo realizado pela União Internacional de Telecomunicações e citado no Latinobarómetro, são “as elevadas tarifas de conexão à banda larga em relação ao PIB per capita mensal” e a “limitada infraestrutura de telecomunicações” de muitos países da região.

Os que mais acessam são os argentinos, brasileiros e chilenos — entre 28% e 22% — que afirmam usar o computador “várias vezes ao dia”. O Facebook é a rede social mais usada em todos os países (38%), seguida pelo YouTube (21%).

62% dos entrevistados admitiram nunca ter ido a um parque histórico ou a algum lugar que fizesse parte do patrimônio nacional, enquanto 27% disseram ter visitado locais como esses entre uma e três vezes. Os que mais realizam esse tipo de passeio são os argentinos, mexicanos e peruanos (32%).

Clique aqui para acessar a pesquisa na íntegra (em espanhol).

*Com informações do site do El País Brasil

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