O Acompanhamento Individual Diferenciado No Desenvolvimento Do Aluno Com Necessidades Especiais

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Por Elizabeth Polity* A instituição escolar vem se adaptando às mudanças sociais e do mundo. É uma transformação em cadeia e, para fazer frente a elas, os profissionais de Educação precisam constantemente buscar respaldo no exercício diário e no processo recursivo do seu fazer para estar em constante movimento de adequação. – See more at: http://www.dino.com.br/releases/a-importancia-do-acompanhamento-individual-diferenciado-no-desenvolvimento-do-aluno-com-necessidades-especiais-dino89018219131#sthash.HP1HqUqK.dpuf

Incluir o aluno com necessidades especiais demanda, muitas vezes, a contínua presença de um profissional que o acompanhe nas atividades pedagógicas/educacionais, mesmo dentro do ambiente Institucional.
Um sistema de acompanhamento individual diferenciado, também conhecido como tutoria, coloca o professor como aquele que vai ajudando a resignificar histórias de vulnerabilidade e a desenvolver a capacidade de criar contextos de confiança, entre ele e o aluno. Este acompanhamento visa, além do atendimento da área pedagógica, a dar suporte emocional ao aluno, formando com ele um vínculo emocional que muito se assemelha ao trabalho de “maternagem”[1].

Este processo deve ser feito pelo “professor suficientemente bom”, aquele que vai aceitar o aluno como ele é, oferecendo o holding e a continência tão necessários ao desenvolvimento. É ele quem vai validar seus desejos, suas crenças e valores, ao mesmo tempo em que possibilita trabalhar suas dificuldades, e assim, poder reconhecê-lo como sujeito aprendente e individual.

São qualidades desse acompanhante: interesse pelo desenvolvimento do sujeito, respeito por suas competências, disponibilidade para orientação e incentivo ao seu trabalho. É fundamental também a “atenção plena”, definida como a percepção das próprias reações, sentimentos e pensamentos do professor e do aluno, no registro de expressões verbais e não verbais, que permeiam este encontro. São estes registros que dão subsídios tão importantes para este relacionamento, tanto quanto as questões objetivas de conteúdo e conceitos intelectuais.

É importante perceber que podemos construir um contexto favorável ao desenvovlimento humano. No lugar do julgamento ou da interpretação, perguntas e estímulos ajudam a construir o complexo e estimulante processo de caminhar juntos. A curiosidade e a crença no potencial do outro levam-nos a perguntar para compreender: O que o aluno fala? De onde ele fala? Com quem? Como? Para quem? Quem são seus interlocutores?

As perguntas mostram-se úteis e ampliadoras no processo de dar continência às necessidades de cada um, criando projetos específicos para o desenvolvimento global.

*Elizabeth Polity é diretora do Colégio Winnicott, especializado em atender alunos que apresentam dificuldade na aprendizagem proveniente de fatores neurológicos, emocionais ou cognitivos, como dislexia, TDAH, síndromes, inadaptação escolar, entre outros.

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