CONPRESP Não Se Mexe E Casarão Histórico É Demolido Em Uma Noite Na Paulista (SP)

Enviado Por: “Tatiane Cornetti” tatianinha@uol.com.br   tati_lcc

Sex, 4 De Nov De 2011 2:57 Pm

Casarão histórico é demolido em uma noite na Paulista

Imagem do googlemaps – agora é só a imagem mesmo – porque o Casarão JÁ ERA!

incluída pela administração do blog

Na virada de segunda(31/10) para terça-feira (1/11), um casarão dos anos 1920, branco e de dois andares no número 91 da Avenida Paulista, foi demolido sem chamar a atenção. A rapidez da demolição foi consequência da pressão de moradores e entidades de preservação do patrimônio, que tentavam evitar a destruição. Não deu tempo. Agora, há apenas cinco mansões históricas em pé na via.
No último sábado (29/10), houve até um protesto contra a  especulação imobiliária na frente do endereço, uma tentativa de forçar uma resposta imediata da Prefeitura. O local deverá agora servir de entrada para mais uma torre comercial – de 10 andares e 40 salas comerciais. ‘Sua empresa no principal centro financeiro do Brasil’, diz o anúncio da empresa, que já tem estande de vendas na região.’Fizeram tudo isso na calada da noite para ninguém ver, é um absurdo que nos deixa estarrecidos’, diz Jorge Eduardo Rubies, presidente da ONG Preserva São Paulo. Em agosto, a
entidade entrou com pedido de abertura de processo de tombamento do casarão, conhecido como residência Dina Brandi Bianchi, no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp).
Até agora, o pedido não havia sido votado – ou seja, não havia restrições para a construtora demolir o imóvel. Caso o Conpresp tivesse aberto o processo, o local ficaria congelado até uma decisão em relação à importância do casarão.Mãos atadas. ‘Isso mostra a inércia do Conpresp. Não se mexeram’, diz Rubies. Nas últimas três décadas, a Avenida Paulista perdeu pelo menos 30 casarões, símbolos da alta burguesia cafeeira, quando a via ainda era bucólica, cruzada por bondes camarões da Light.

‘As construtoras também não se importam com o patrimônio. Tem uma área livre na esquina com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima: demoliram um casarão há 30 anos e até hoje não tem nada, tem um estacionamento. Por que não fazem um prédio lá, em vez de destruir mais
um imóvel? Nós, que tentamos preservar o patrimônio, ficamos sempre de mãos atadas.’

O Conpresp afirmou que foi procurado pela construtora, mas que não há impedimento para qualquer obra, pois o local ‘não é tombado nem está em área envoltória de bem tombado’. Por meio de nota, a Even, responsável pela construção, afirmou que ‘tinha todas as autorizações
necessárias’.
mas-noticias/artigo.aspx?cp-documen
tid=31249598

Tatiane Cornetti

Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.