Casarão Em Obra Mantém Fachada – Mogi Das Cruzes

07.mar.2010     
 

KARINA MATIAS

  

Embora as obras no casarão situado na esquina das ruas Flaviano de Mello e Padre João, na região Central, estejam chamando a atenção dos mogianos preocupados com a demolição de mais um imóvel histórico da Cidade, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap) garante que o serviço está sendo realizado dentro do que foi autorizado.

  

Para quem passa no local, a destruição de praticamente toda a edificação do casarão e a placa de uma demolidora dependurada em uma das poucas paredes que restaram da propriedade são um sinal claro de que o local está com os dias contados. 

O secretário-geral do Comphap, Ubirajara Nunes, assegura que não. Ele informou que o Conselho aprovou a reforma interna do imóvel para a instalação de mais uma unidade escolar do Instituto Placidina, mas com a ressalva da preservação integral das paredes de taipa de pilão que compõem a fachada, assim como os seus elementos de esquadria (janelas e portas). Segundo ele, a proteção dessa estrutura tem sido mantida por um plástico preto. “O Conselho aprovou a alteração interna, por isso, a placa da demolidora que removeu as paredes internas. Mas as externas, janelas e portas devem ser mantidas”, destacou Nunes. 

A obra, contudo, já apresentou irregularidade em ao menos outras duas oportunidades. No início do ano, após denúncia de O Diário, o Instituto Placidina foi notificado porque não tinha providenciado a cobertura da fachada com a lona recomendada. Sem qualquer proteção, as paredes de taipa de pilão estavam completamente expostas à chuva. Logo em seguida, membros do Conselho realizaram uma reunião com os responsáveis pela reforma a fim de evitar outras ocorrências semelhantes, que pudessem provocar danos irreversíveis ao patrimônio histórico. Quase um mês depois, contudo, a proteção instalada apresentou novamente problemas. Naquela ocasião, o plástico estava rasgado. Novamente, os fiscais da Prefeitura notificaram o instituto para que providenciasse os devidos reparos. 

De acordo com a determinação do Comphap, apesar de ter sido autorizada a retirada do telhado, porque a sua estrutura estava comprometida, o madeiramento deverá ser refeito com o mesmo tipo de telha e caimento de água da estrutura original. O casarão possui 380 metros quadrados e é datado do período imperial brasileiro.

 

Vale destacar que a fiscalização da obra é uma competência do Departamento de Fiscalização, que é ligado à Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo.  

 

 

 

 

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